quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Tam se recupera e alcança lucro líquido de R$ 348 milhões

A Tam obteve lucro líquido de R$ 348 milhões no terceiro trimestre deste ano e reverteu o prejuízo de R$ 663,6 milhões no mesmo período de 2008, de acordo com o balanço. A companhia apurou lucro operacional de R$ 101,1 milhões de julho a setembro de 2009 e também reverteu o resultado operacional negativo de R$ 95,3 milhões no segundo trimestre.

A receita operacional bruta atingiu R$ 2,5 bilhões no terceiro trimestre deste ano, 4,9% acima do obtido no trimestre anterior, de R$ 2,4 bilhões, embora tenha ficado 16,4% abaixo do valor alcançado de julho a setembro de 2008, que foi o período pré-crise econômica internacional.

No acumulado de nove meses deste ano, a Tam obteve lucro líquido de 1,2 bilhão, em contraste com prejuízo de R$ 280,5 milhões em 2008. O lucro operacional recuou 49,2%, para R$ 198,6 milhões. Já a receita operacional decresceu 4,1%, para R$ 7,6 bilhões, no período de janeiro a setembro de 2009. Nesse mesmo período, as receitas de parcerias do programa Tam Fidelidade cresceram 55,2%, para R$ 522,3 milhões.

O lucro final de julho a setembro ficou 55,9% abaixo do resultado recorde obtido pela companhia no segundo trimestre deste ano, no valor de R$ 788,9 milhões, fortemente influenciado pela receita financeira líquida de R$ 1,3 bilhão, em decorrência dos efeitos positivos da variação cambial e das operações de hedge de combustível.

No terceiro trimestre, a receita financeira líquida atingiu R$ 406,2 milhões, basicamente em função do impacto positivo da valorização do real frente ao dólar nas contas da companhia.

"Nossa receita de passageiros nos voos domésticos cresceu 1,6% de julho a setembro em relação ao segundo trimestre deste ano, mesmo sob as restrições de uma dinâmica concorrencial de curto prazo verificada nesse mercado, principalmente no mês de setembro, e que se refletiu na redução do nosso yield", afirma Líbano Barroso, presidente da Tam, sinalizando uma recuperação do yield doméstico para o final deste ano.

Barroso destaca que o lucro operacional medido pelo EBIT (Earnings Before Interest and Tax, ou lucro antes da participação de acionistas minoritários, receitas ou despesas financeiras líquidas e impostos, entre outros itens), num cenário competitivo, reflete o esforço dedicado ao rigoroso programa de controle de custos implementado pela companhia.

"No terceiro trimestre deste ano reduzimos nosso custo por assento-quilômetro oferecido em 23,5% em relação ao mesmo período de 2008 e em 5% quando comparado com o segundo trimestre de 2009". O número de funcionários da companhia aumentou 1,2%, para 24.164 pessoas.

A receita de voos domésticos no terceiro trimestre de 2009 recuou 21,7%, para R$ 1,3 bilhão, na comparação com o mesmo período de 2008, devido à redução do preço médio pago por passageiro pagante em cada quilômetro voado.

A receita de voos internacionais, por sua vez, diminuiu 18,4% em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 663,5 milhões, devido à redução de 26,9% do preço médio pago em reais, impactado pela apreciação do real frente ao dólar de 7,1% e parcialmente compensado pelo aumento de 13,0% na demanda.

A receita de cargas domésticas e internacionais recuou 8,6%, para R$ 238,1 milhões, principalmente em função do impacto da desaceleração na economia mundial, reduzindo principalmente os volumes transportados e pressionando também os preços.

No final do terceiro trimestre de 2009, as disponibilidades de caixa da companhia totalizaram R$ 1,5 bilhão, já incluindo o reforço líquido de R$ 595 milhões com a emissão de debêntures. Em outubro a Tam finalizou sua emissão de bonds no exterior, totalizando mais R$ 510 milhões que vão se somar a seu caixa a partir desta data. O vencimento dos bonds será em 2020.

No próximo final de semana a Tam vai implantar seu novo sistema de gestão de passageiros desenvolvido pela Amadeus, que representa um passo decisivo para a sua entrada em abril de 2010 na Star Alliance, a maior aliança global do mundo, integrada hoje por 25 companhias aéreas internacionais, que opera 19.500 voos diários e atua em 1.071 aeroportos de 171 países, representando também um passo importante para redução dos custos da companhia.

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