A fabricante aeronáutica americana Boeing fez nesta terça-feira o primeiro voo de seu aguardado novo jato de passageiros, o 787 Dreamliner. A decolagem ocorreu em Paine Field, Everett, no Estado de Washington.
Com atraso de dois anos em seu cronograma, o voo-teste marca um importante avanço no desenvolvimento do revolucionário avião, cuja promessa de maior eficiência no consumo de combustível e conforto tem atraído um número recorde de encomendas pela aeronave.
Nos últimos dois anos, a Boeing chegou a anunciar cinco embaraçosos atrasos em testes de voos que resultaram em adiamento do cronograma de entregas do jato também.
O programa do novo jato sofreu problemas com fornecedores, uma greve em 2008 e problemas estruturais. Em junho, a Boeing havia anunciado atraso no teste de voo depois que descobriu uma falha de design que exigiu reparos no modelo.
O projeto do Dreamliner é baseado em materiais compostos, que perfazem até 50% da estrutura primária do avião. Os materiais são muito mais leves que o alumínio, que compõe a fuselagem de aviões comerciais tradicionais.
A estrutura mais leve permite que o avião consuma 20% menos combustível em relação a uma aeronave do mesmo padrão. A eficiência no consumo de combustível tem grande apelo entre companhias aéreas, que nos últimos anos têm enfrentado dificuldades com a volatilidade de preços.
Além disso, a Boeing afirma que os materiais compostos não entram em fadiga e por isso precisam de menos checagens de manutenção. A companhia afirma que os custos de um 787 são 30% menores do que uma aeronave comum.
O avião tem preços de lista entre US$ 105 milhões e US$ 205,5 milhões e terá inicialmente três variantes (787-3, 787-8 e 787-9).
Foto Royal S King
Foto Kevin Scott
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