terça-feira, 22 de setembro de 2009

EMBRAER 100



O EMB 100 deu origem ao EMB 110

HISTÓRICO

O projeto do avião Bandeirante é anterior à criação da Embraer. Em junho de 1965, o IPD (Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento) - órgão do CTA (Centro Técnico Aeroespacial) - iniciou o desenvolvimento de um antigo projeto de aeronave, chamada então de IPD-6504 (por ser o quarto modelo Projetado no ano de 1965), sob as especificações de um pedido do Ministério da Aeronáutica. O projeto baseou-se em um estudo sobre a densidade do tráfego aéreo comercial brasileiro, principalmente em cidades pequenas, e ao comprimento e tipo de piso das pistas dos Aeródromos Nacionais, visando, assim, obter um avião moderno e adaptado às Condições, Necessidades e Possibilidades brasileiras, numa época em que a infra-estrutura aeroportuária do país era pequena. Deveria, então, ser uma aeronave pequena, tamanho proporcional à demanda destas Regiões. O resultado foi um turbo-hélice metálico, de asa baixa, equipado com duas turbinas Pratt & Whitney PT6-020, cada uma de 580 HP na decolagem e com Capacidade para oito pessoas. Em 25 de junho de 1965, o desenvolvimento do projeto pelo CTA foi autorizado pelo governo de Castelo Branco. Paulo Victor, diretor do CTA, foi quem batizou uma aeronave IPD-6504 com o nome "Bandeirante", em agosto de 1969. Havia uma carga simbólica na expressão, que remetia à idéia dos Bandeirantes como pioneiros da Integração Nacional. O nome escolhido para uma aeronave tinha grande significado para uma identidade brasileira, mas era difícil de ser pronunciado por estrangeiros. Em meados da década de 1960, Projetar e fabricar o protótipo de um avião Levava cerca de cinco anos e muitos recursos, considerando-se a conjuntura econômica restritiva ea conjuntura política do Brasil, o que colocava em risco o projeto do avião. Apesar disso, o primeiro protótipo do Bandeirante foi Construído em três anos e quatro meses após um Aprovação do projeto. Em 22 de outubro de 1968 foi realizado o primeiro voo de teste do Bandeirante, feito com muita expectativa por toda a equipe, após 20 anos do início dos trabalhos de construção do CTA. Quatro dias depois, no aeroporto de São José dos Campos, o primeiro protótipo do Bandeirante realizou o primeiro voo oficial de demonstração. A cerimônia contou com uma presença de cerca de 15 mil pessoas, entre elas o Ministro da Aeronáutica, vários Ministros de Estado e Autoridades Civis e Militares. Concluído o primeiro protótipo, havia o desafio da produção seriada da aeronave ea comercialização. Como se apresentou satisfatório, o programa foi aprovado pelo governo, e no dia 19 de agosto de 1969 foi criada uma Embraer, inicialmente destinada à fabricação seriada do avião Bandeirante, designado então como EMB-100. Em 19 de outubro de 1969, o segundo protótipo Bandeirante fez seu voo inaugural, ainda sob responsabilidade da equipe do CTA. Em 02 de janeiro de 1970, a Embraer começou a funcionar e Assumiu uma aeronave da produção, produzindo Inteiramente o terceiro protótipo. Equipado como laboratório voador para pesquisas de Sensoriamento Remoto da CNAE (Comissão Nacional de Atividades Espaciais), o terceiro protótipo voou pela primeira vez em 29 de junho de 1970. Apesar do bom desempenho do Bandeirante, verificou-se que As condições de mercado se haviam modificado Desde a criação do projeto, e os oito lugares que o avião oferecia eram insuficientes. A equipe de projetistas da Embraer Decidiu então reformular o projeto, criando o EMB 110 Bandeirante, maior - com 12 lugares na versão militar - e alguns avanços técnicos em relação aos primeiros protótipos. Com as modificações, em maio daquele ano a empresa fechou com um um Força Aérea Brasileira (FAB) de seus primeiros contratos, para fabricação de 80 Bandeirantes, ea versão EMB-100 não foi mais produzida, Limitando-se a três protótipos. Em junho de 1975, o primeiro protótipo do Bandeirante fez seu último voo, no percurso entre o Aeroporto Santos Dumont à Base Aérea dos Afonsos e permanece exposto no Museu de Aeronáutica. O segundo protótipo foi entregue à Fundação Santos Dumont, e permaneceu na sede da Fundação, em Cotia (SP). Como parte das comemorações do quadragésimo aniversário do Primeiro vôo do Bandeirante, a Embraer promoveu o restauro do segundo protótipo da aeronave em outubro de 2008. O avião foi pintado nas cores da FAB e recebeu novo interior, com itens, texturas e tonalidades similares a tapeçaria original.


Primeiro Voo

FICHA TÉCNICA


  • Nome do Produto - Bandeirante

  • Código Embraer - EMB 100
  • Nicho de Mercado - Mercado de Defesa
  • Início do Projeto - 1965
  • Voo 1 ° - 22/10/1968 (primeiro voo de teste)
  • Rollout - 22/10/1968
  • 1 ª Entrega - 3 ° protótipo equipado com instrumentos de Sensoriamento Remoto entregue ao CNAE (Comissão Nacional de Atividades Espaciais)
  • Evolução - O EMB 100 deu origem ao EMB 110
  • Produção da Final - 1970


EMB 100 
ESPECIFICAÇÕES

DIMENSÕES 
  • Comprimento - 12,74 m - 41,8 m
  • Altura - 5,17 m - 16,9 m
  • Envergadura - 15,42 m - 50,6 m
DESEMPENHO
  • Velocidade máxima de cruzeiro - 425 km / h - 230 kt
  • Alcance - 1.450 km - 785 nm
  • Distância de decolagem (peso max., Nível do mar, a ISA) - 375 m - 1.230 m
  • Distância de Pouso (nível do mar, a ISA) - 430 m - 1.410 m


FONTE: EMBRAER

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