Dois dias após o anúncio de prejuízos bilionários da Boeing, a Delta Air Lines e a US Airways também reportaram perdas no terceiro trimestre deste ano. A Delta registrou uma perda líquida de US$ 161 milhões no período, turbinada por despesas adicionais, como o refinanciamento do débito da subsidiária Northwest Airlines (adquirida no ano passado), itens relacionados à fusão entre as duas companhias e indenização de funcionários. Apesar dos resultados negativos, o CEO Richard Anderson elogiou os avanços no processo de integração entre as duas companhias (Delta e Northwest), afirmando que essa sinergia trará benefícios da ordem de US$ 700 milhões para a empresa ainda em 2009. Para retomar a rentabilidade, a empresa comunicou que planeja reduzir sua capacidade internacional, com ajuste de rotas, número de voos ofertados e tamanho das aeronaves usadas.
Já a US Airways apresentou uma melhora expressiva se comparada com o mesmo período do ano passado, mas ainda não conseguiu sair do vermelho. A empresa registrou uma perda de US$ 80 milhões no terceiro trimestre de 2009, ante o déficit de US$ 866 milhões em 2008, resultado de perdas pesadas com a política de hedge para o combustível e encargos. A queda de 3,4% no tráfego de passageiros levou a empresa a reduzir a frota e fechar o terceiro trimestre com 348 aeronaves. Em nove meses sua perda líquida foi de US$ 125 milhões, contra o déficit de U$ 1,67 bilhão em igual período de 2008. Em setembro último, o lucro operacional da US Airways foi de US$ 103 milhões, resultado muito superior à perda de US$ 1,42 bilhão no mesmo mês em 2008.
A JetBlue Airways, no entanto, seguiu em ritmo diferente e fechou o terceiro trimestre consecutivo com um saldo positivo de US$ 15 milhões – em 2008, a perda foi de US$ 8 milhões. A receita operacional no terceiro trimestre caiu 5,3%, para US$ 854 milhões, devido à menor demanda e à queda do valor das passagens aéreas. As despesas caíram 10,5%, para US$ 788 milhões, e a receita operacional foi US$ 66 milhões, contra US$ 22 milhões no ano passado. Além disso, o tráfego de passageiros subiu 2,6%.
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