ASAS DA AMÉRICA NEWS: Fokker 100

FOTO GERARD HELMER

O maior avião já produzido pela Fokker foi o F100, criado para transportar até 108 passageiros. Baseado no Fokker 28, tem uma fuselagem alongada, mesma empenagem e alguns sistemas totalmente modernizados.

O programa foi anunciado juntamente com o turbohélice avançado Fokker 50 em novembro de 1983. Mas talvez a grande mudança seja a adoção de motores mais econômicos, os Rolls-Royce Tay, que atendem as exigências de limite de ruído stage III.

O desenho da asa também foi modificado, aumentando sua envergadura e melhorando sua eficiência aerodinâmica, que segundo a Fokker é 30% maior que a do Fokker 28.

O trabalho dos pilotos foi diminuído com a adoção de uma cabine mais moderna, com sistema EFIS e lay-out redesenhado, além da instalação de novos sistemas.

O primeiro vôo do Fokker 100 foi realizado em novembro de 1986 e a certificação emitida um ano mais tarde. A empresa lançadora do tipo, a Swissair, recebeu sua primeira unidade em fevereiro de 1988. Foi baseado no projeto do F100 que saíram os desenhos básicos do F70 e do projeto do F130, para 130 assentos, que ficou apenas no papel.

A Fokker faliu em 1996, e com ela o programa F100. Meses depois, foi criada a Rekkof Restart para re-iniciar a produção do modelo, mas este plano tampouco vingou.

No Brasil, o F100 tornou-se famoso através da TAM LINHAS AÉREAS, que desde 1990 é uma fiel usuária do tipo, chegando a operar mais de cinquenta, incluindo-se aí duas aeronaves que voaram por poucos anos na TABA, a única outra empresa aérea brasileira que operou com o tipo. Sim, porque a despeito da OceanAir operar com 10 aeronaves do modelo, para a empresa trata-se do MK.28... Que é a mesmíssima aeronave.

Tragicamente marcado no Brasil, o F100 foi execrado por aqui pelos acidentes e incidentes que envolveram a operação do tipo no Brasil. Lá fora a visão é outra: o F100 tem encontrado bastante sucesso nas mãos de novos operadores como a Helvetic.com - ou até mesmo a Austrian, que escolheu os "velhos" F100 como seu "novo" modelo de jatos regionais de 100 lugares. Por essa, nem a Embraer nem a Bombardier esperavam.